A Escritora Iracema Moser Cani em seu livro “Histórias e Memórias de Rodeio” relata muitos dos costumes dos imigrantes italianos vindo da região de Trento que chegaram na cidade de Rodeio - SC
As casas dos imigrantes estavam sempre limpas porem existiam ocasiões onde se caprichava mais nesta limpeza como na véspera da Páscoa e no Natal.
Nestas ocasiões se fazia “o dia da bugada”. Era uma faxina que se fazia em toda a casa. Lavavam e ferviam todas as talheres, as cortinas eram lavadas, panos eram fervidos. Os móveis eram todos desencostados de seu lugar habitual e eram encerados. Era uma faxina geral!
“era um trabalho gigantesco... tudo era lavado ou exposto ao sol: roupas, cobertores, colchoes, travesseiros. A louça era fervida numa composição de água, cinza e soda, a chamada “lìscia”...
Os talheres, as panelas de alumínio eram esfregados à base de sabão, cinza e areia.
A mesma “lìscia” era depois reutilizada pra esfregar o fogão ( de lenha), as mesas e as tábuas de madeira do chão da cozinha...”
As tradições italianas eram passadas oralmente de pai para filho e durante uma época permaneceram invioláveis.
As escolas da época possuíam poucos livros didáticos da antiga escola italiana porem na época da campanha nacionalizadora que aconteceu no Brasil muitos livros escritos em “Lingua italiana” foram queimados e somente alguns deles foram escondidos.
“Atualmente, em Rodeio, o dialeto é falado regularmente em locais públicos, na rua, nos bares, no mercado, mas sobremaneira na intimidade dos lares”.
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